Estradas Partilhadas – Encontro 1

No passado domingo, retomamos os nossos encontros de formação para consumo interno. Já há muito que gostaríamos que estes encontros tivessem acontecido, mas por vários e variados motivos, foram sendo adiados, aguardando um tempo mais favorável. E numa semana marcada por inícios e fins, por partidas e chegadas, eis-nos a viver estes encontros aos quais demos o nome de “Estradas Partilhadas” e que acontecerão uma vez por mês, num domingo à tarde. E nem nós sabíamos o quanto precisávamos destes encontros! Uma comunidade que vive e que se pretende viva precisa de se encontrar, de se despojar das atividades exteriores e de se centrar e sentar para só estar. Uma comunidade que se quer orante e pensante necessita de saber ouvir e cultivar a partilha. Uma comunidade que quer ser luz nas estradas por onde vai carece de tempo e de espaço para um diálogo íntimo e para a observação comum da vida. Estas “Estradas Partilhadas” são, para nós, um momento de partilha, de escuta, de descoberta, tendo sempre por base a confiança e a alegria que nos faz cúmplices nesta nossa irmandade. Nestes encontros, a partir de um texto, de uma frase, de um filme, de uma música, de um acontecimento, é feita uma partilha de vida entre todos os elementos presentes. Durante duas horas, fomos donos de um tempo e de um espaço para sermos juntos. Neste primeiro encontro, mergulhamos num texto do padre Nuno Tovar de Lemos, “O peixe e o mar”, e a conversa fluiu rica e tranquilamente. Falamos de nós enquanto pessoas, das nossas experiências de vida vividas à superfície e na profundidade, da relação com as escolhas nossas de cada dia, das certezas e das dúvidas que acumulamos nas nossas estradas e da nossa construção pessoal e comunitária. E quão bonitas e luminosas foram estas partilhas! Que alegria sentimos em cada palavra dada, em cada sorriso amigo, em cada gesto confiante! Não há nada mais rico do que a riqueza de podermos ser esta comunidade familiar que sente, vive, ri, chora, pensa e faz. E não há nada mais saudável do que proporcionarmos, uns aos outros, estes espaços e estes tempos para que, juntos, nos façamos mais pessoas, mais cristãos, mais humanidade. Seguimos nesta Estrada Clara!

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