“Mas é isto o amor:
ver-te mesmo quando te não vejo,
ouvir a tua voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo esse que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido de irmos contra o tempo,
para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba.”
(Nuno Júdice in “Pedro lembrando Inês”)
✨Quatro anos da partida do Jorge
Quatro anos que, por vezes, mais parecem quarenta anos e outras tantas vezes parecem quarenta minutos. É a dualidade desta vida inteira que nos oferece simultaneamente uma alegria contagiante e uma dor aguda, que nos dá e nos tira, que nos faz caminhar e parar.
Quatro anos da viagem do Jorge.
Vivemos a sua morte, mas escolhemos, todos os dias, afincadamente, não ficarmos no que esta morte significa. Celebramos sempre a sua vida com a certeza de que o que ele nos deixou tornou-nos herdeiros de um futuro maior, sempre mais livre, sempre mais comprometido com o bem comum.
Quatro anos da passagem do Jorge.
Continuamos com perguntas, mas vivemos com a certeza de que tudo é feito também em sua memória. Continuamos com a sua ausência marcada em nós, mas o nosso presente é feito da sua presença perpétua. Continuamos de braço dado com a saudade nossa companheira de vida, mas abraçamos também os nossos dons em consolação, os nossos risos em salvação, as nossas palavras em convicção.
Há quatro anos que celebramos este dia. Num exercício de ressureição. Num exercício de levantamento. Para trás vão ficando as lembranças mais cruas que dão lugar às memórias felizes. Para trás vão ficando os dias negros que se transformam em apaziguamento, fruto de uma vida trabalhada em unidade. Para a frente vão surgindo aqueles prados verdejantes onde escutamos sempre aquela voz cheia de vida e riso e que sempre nos guia. Para a frente vamos caminhando juntos nesta Estrada Clara. Sigamos!
Ana 🌻
Sigamos! Linda… obrigada.