Jorge.
Sem apelido, sem título, simplesmente Jorge. Era assim que gostavas de ser chamado, é assim que te lembraremos. O Jorge.
A tua partida é dura, difícil para nós, não contemos as lágrimas. As memórias apertam o coração. Lutamos contra tudo o que tu não querias – a rendição, o facilitismo.
Mas serão essas mesmas memórias que nos farão continuar caminho e celebrar a vida!
Música, dança, musicais, celebrações cheias de vida. Jornadas, passeios, caminhadas, festas. Acampamentos, retiros. Mergulhos em águas geladas, noites carregadas de estrelas. Taizé. São João D’Arga. Abraços, muitos e apertados abraços! Oração e silêncio. Sempre o silêncio.
Devemos-te cada um destes momentos luminosos, transformadores, edificantes. Momentos que tantos de nós guardam no coração. Momentos únicos de partilha, irmandade, experiências de pura felicidade, aquela que não é exuberante, antes simples e serena. Momentos sempre apontados para o alto, lá onde tu gostavas de estar, no cimo do monte, no ponto mais alto, onde o horizonte é sempre maior.
Partiste no Dia de Todos os Santos, daqueles que na sua passagem pela vida terrena souberam ser uma luz, uma palavra, um gesto, um olhar de Deus em tudo aquilo que faziam. E que hão de continuar a fazer, só que numa outra dimensão, na Eternidade. Lá estarás tu, a tocar as mais belas músicas, a cantar os mais belos cânticos e, sobretudo, a olhar com carinho e com ternura por nós, teus irmãos no Amor.
A tua vida foi maior, Jorge! Semeaste todas as sementes que te foram dadas. Cumpriste a tua missão junto de nós. Ficarás por isso e para sempre nos nossos corações.
Para sempre!