Obrigada, querido Papa Francisco…

Porque soubeste trazer para uma Igreja, tantas vezes adormecida, um caminho novo que nos pede para voltarmos às origens e para saborearmos a simplicidade de uma vida dedicada ao(s) Outro(s).

Porque nos mostraste, em cada dia, a urgência de sermos cristãos de Ressurreição, pessoas em crescimento, em construção de uma fé adulta e sempre alicerçada na esperança.

Porque, como tu próprio afirmaste, te foram “buscar ao fim do mundo” para teres sido tu, ao longo do teu tempo, a mostrar-nos um mundo novo.

Porque viveste o maior dos mandamentos cristãos – o do Amor. Aquele Amor que salva, que acolhe, que acompanha, que nos leva pela mão, que nos faz ser filhos de um Deus Maior.

Porque foste sempre presente, interpelante, apaziguador, atento, perspicaz, orante e pensante.

Porque foste incómodo para quem vive uma fé instalada, confortável e cheia de respostas prontas.

Porque foste um Papa demasiado “moderno” para quem se amarra aos tradicionalismos ocos e desprovidos de sentido e que impedem o olhar para a essencialidade de cada ser humano.

Porque, à semelhança de Maria, soubeste dizer o teu “sim” mesmo não sabendo nada, mas apenas confiando e esperando.

Porque foste construtor de diálogos improváveis, de pontes que são união, de estradas que são autênticas viagens de Emaús.

Porque destruístes preconceitos, julgamentos severos, ideias mesquinhas que só limitam o desenvolvimento integral da Humanidade.

Porque foste um Papa de sorrisos e de afetos, de abraços amigos e de bênçãos calorosas, essas marcas indeléveis de cada cristão.

Porque viveste sem aparato, sem vaidades, sem presunções a contrastar com uma sociedade que parece só viver a partir da exuberância e do exagero.

Porque foste um Papa feliz. “Estou feliz porque me sinto feliz. Deus faz-me feliz.”, disseste numa entrevista recente.

Obrigada, Papa Francisco!

Que privilegiados somos por podermos viver contigo neste mesmo espaço temporal. Mas, acima de tudo, por amarmos e sermos amados pelo mesmo Deus e por nos teres mostrado que em irmandade seremos sempre muito, mas mesmo muito mais felizes!

A tua Luz brilha sempre connosco!

Ana